sábado, 7 de maio de 2016

TEMER, do verbo temer
Presente do Indicativo



Brasil, 07 de maio de 2016, interior da região Sul, noite, apenas três dias para a consolidação do Golpe que trará enormes retrocessos para grande parte da sociedade brasileira, a qual permanece alheia aos fatos, inebriada pela propaganda antigoverno que tomou conta dos principais veículos de comunicação de um país onde a mídia, historicamente, serve aos interesses dos poderosos.

Nas últimas semanas, a atmosfera propagandista travestida de jornalismo intensificou-se em capas duvidosas, montagens fotográficas, retóricas enganosas e omissão de tudo que esteja relacionado aos movimentos contrários à saída da presidente. Há ainda, a tentativa de mascarar que o atual processo de impeachment se dá de maneira ilegítima (sem crime de responsabilidade), transformando o sucessor Michel Temer, (recém rompido com o governo Rousseff e ficha suja no TRE-SP) em uma solução factível para a crise brasileira.

Investigações à parte (o vice-presidente também está envolvido em delações e investigações sobre corrupção), precisamos falar sobre Temer! Ainda em 2015, o PMDB publicou o plano de governo Uma ponte para o Futuro, que agora é proposto por Temer como a única saída para o país (“esquecendo” do taxamento das grandes fortunas, da sonegação de impostos dos mais ricos e dos que mantêm dinheiro em paraísos fiscais), deixando claro que suas diretrizes de governos significarão enormes retrocessos sociais, principalmente para a Educação e a Saúde:  

  • Revisão na abrangência de programas sociais
  • Mudanças na concessão de bolsas de estudos
  • Aumento do tempo de trabalho para aposentadoria
  • Entraves para os reajustes anuais do salário mínimo e da previdência
  • Fim da supremacia da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
  • Fim do uso do FGTS como fonte de recurso para obras – Minha Casa Minha Vida
  • Revisão do ensino médio e superior públicos
  • Desvinculação de orçamento para saúde e educação (federal, estadual e municipal)
  • Fim do uso dos royalties do petróleo para projetos sociais, principalmente educação
  • Amplas privatizações – concessão do Pré-Sal para exploração estrangeira


Fora as medidas já documentadas e publicadas pelo pretenso presidente, o perfil extremamente conservador de Temer e seus aliados sinalizam para recuos nas leis de cotas para inclusão das minorias, fim das conquistas pró-diversidade (movimentos LGBT) e perda de territórios para indígenas ou trabalhadores rurais sem terra. Para se ter uma dimensão de tal conservadorismo, Temer cogita um pastor Evangélico para o Ministério de Ciência e Tecnologia, e o chefe da polícia mais violenta do Brasil (PM de SP) para o Ministério da Segurança.

Além da fissura criada na recém Democracia Brasileira por um impeachment ilegítimo, as minorias desse país serão amplamente prejudicadas pelo governo que têm pedido nas ruas, ironicamente, seguindo os que usam a camisa da seleção pela volta de seus privilégios, aliados aos mais corruptos, pedindo pelo fim da corrupção no país.  

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